terça-feira, 4 de junho de 2013

Trabalhando no Umbral

Imagem do filme "Amor além da vida"

Você assistiu ao filme "Amor Além da Vida"? Se ainda não teve a oportunidade, aproveite. É uma estória muita linda e comovente.

Chris Nielsen (Robin Williams), Annie (Annabella Sciorra), sua esposa, e os filhos do casal fazem o papel de uma família feliz. Mas os jovens morrem em um acidente e o casal é bastante afetado, principalmente Annie. No entanto, eles superam a morte dos filhos e conseguem levar suas vidas adiante, mas quatro anos depois é a vez de Chris morrer em um acidente...

O filme mostra várias cenas impactantes dos lugares visitados pela personagem Chis Nielsen, quando tenta resgatar sua esposa que havia cometido suicídio. Muitas das cenas vistas no filme nos fazem recordar os lugares que os médiuns relatam quando estão em missão de socorro no umbral.

Através da mediunidade de Chico Xavier, o espírito André Luiz, no livro "Nosso Lar", trás algumas informações sobre tal ambiente: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos Quando o espírito reencarna, promete cumprir o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é amor. Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida. Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais...”.


Desde quando criamos o GEASANTOS nosso objetivo foi e continua sendo ajudar os necessitados que estão no umbral. Para isso, estudamos muitos artigos e livros que fazem referência a este ambiente. Infelizmente, a literatura a esse respeito não é muito vasta e os textos que tratam deste assunto são repetitivos, pois vários autores citam a mesma fonte.


Quando começamos a prestar nossos serviços mediúnicos no umbral, fazíamos "pequenas" incursões na contraparte espiritual de alguns hospitais e ruas públicas. Naqueles dias verificávamos o estado de necessidade de vários espíritos que não percebiam que estavam desencarnados e outros, que sabiam que haviam desencarnado, mas sentiam-se doentes e sem rumo...

Nossa ajuda consistia em despertar suas consciências para o "novo" estado em que se encontravam, através de um diálogo sereno, onde calmamente mostrávamos que eles estavam no plano espiritual e não mais no plano "físico".
Outras vezes projetávamos energias calmantes ou curativas, dependendo do caso, para ajudar espíritos que sabiam que desencarnaram, mas se sentiam doentes e feridos.

Seria tão fácil se "morrer" fosse igual as cenas na maioria dos filmes. Sairíamos voando num roupão translúcido e bastava seguir a luz... siga a luz!

O conhecimento das leis da apometria nos garantiu a possibilidade de usarmos várias técnicas e táticas na interação com aqueles espíritos sofredores. Se fossemos utilizar apenas o diálogo, iríamos levar muito tempo para despertá-los ou ajudá-los com suas dores.

Ao utilizarmos os diálogos com as técnicas, tudo se tornou mais fácil e rápido. Essa a grande vantagem da Apometria, a rapidez!. Enquanto conversávamos com os espíritos, ignorantes de sua situação de desencarnados, íamos projetando as cenas do acidente ou o momento do desligamento de seu veículo físico ou a chegada de amigos e parentes que desencarnaram antes do atendido (sem causar pânico com as cenas, claro! Imagina mostrar de chofre uma cena dessas, sem uma preparação prévia).
Com os espíritos em sofrimento, mas que tinham conhecimento de sua desencarnação, a técnica ajudava mais que um monte de palavras; pois, trocávamos suas vestes e "curávamos" suas feridas, quase que instantaneamente enquanto dialogávamos. Ao sentirem-se cuidados, muito mais facilmente aceitavam a ajuda dos amigos espirituais que já estavam à postos para encaminhá-los a locais específicos de tratamento.

Lembramos daqueles períodos iniciais com o termo bem humorado de "ai ai, ui ui". Era um período em que atendíamos somente sofredores. Ainda não entráramos em contato com seres mais difíceis de dialogar.

Hoje, passados vários anos, "descemos" à níveis vibratórios onde encontramos muitos seres que não se apresentam na forma humana. Não verbalizam ou entendem nossas palavras, Impossibilitando, assim, qualquer diálogo. Apresentam-se na forma reptiliana ou com aspectos completamente estranhos à nossa forma de entendimento.
Nesses casos utilizamos apenas a técnica do "choque anímico", onde os médiuns fazem um contato rápido com os espíritos e os colocamos nas macas, após adormecê-los, para serem encaminhados às estações de tratamentos especializados. Este tipo de atendimento demora cerca de dez minutos, pois os médiuns ficam bastantes exauridos (à título de exemplo é como se nos jogássemos numa banheira cheia de sanguessugas, onde muitas delas se fixassem em nosso corpo ao mesmo tempo).

Costumamos também resgatar vários espíritos que se encontram tão vinculados uns aos outros, que sua união poderia ser comparado à cachos de uva ou mexilhões. O espírito principal, ou central, está tão cercado por outros que não conseguimos separá-los facilmente. Neste caso utilizamos a técnica da "incorporação" com este espírito, e, os demais são atendidos com a técnica explicada anteriormente (choque anímico).
Após vários atendimentos em casos análogos, percebemos se tratar de vários "obsessores" em cima de um único "obsidiado" (é o caso, por exemplo, de um general que mandou executar centenas de prisioneiros, incendiando-lhes a cidade com mulheres e crianças, para que o inimigo o temesse - Já imaginou quando desencarnou, como foi recebido?).

Continuaremos a falar sobre o umbral no próximo post...

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